Tradição e muito sabor: conheça a história das empanadas argentinas
Quem nunca ouviu falar nas clássicas empanadas argentinas? A iguaria, que é equivalente ao pastel português, trata-se de uma preparação individual de massa, geralmente feita com farinha de trigo, que leva uma grande variedade de recheios e que pode ser assada no forno ou frita.
Mas, a despeito dessa breve descrição, você conhece a sua origem? Os fatos curiosos já começam pelo termo escolhido para nomeá-la: empanada deriva do verbo “empanar”, que pode significar “transformar em pão”. Além disso, o surgimento deste produto que marca a história e a cultura do País de mais de 40 milhões de habitantes guarda muitas influências de outras nações.
“As empanadas vieram dos espanhóis. Antes disso, foram trazidas pelos mouros, que invadiram uma parte da Espanha para tomar as terras. Eles carregavam em seus cavalos uma pasta de trigo recheada com carne. Assim, o recheio armazenado dentro da massa permanecia conservado por conta da falta de oxigênio e não tinha chances de apodrecer – e, dessa forma, os mouros conseguiam se alimentar bem para lutar. Depois, com as primeiras grandes migrações, os espanhóis carregaram esse alimento na busca pelas Índias e na chegada às Américas. A técnica era a mesma: preservar a carne dentro da massa”, conta Cristian Galarza, sócio proprietário do restaurante San Telmo.
Com o passar do tempo, o produto se popularizou e ganhou espaço em outras terras, segundo relata Galarza. “As empanadas foram criando características regionais. Cada nação deu a elas uma cara. Se nós falamos dos países latino-americanos, encontramos detalhes distintos. No Chile, por exemplo, não pode faltar peixe; na Argentina e no Uruguai não pode faltar carne. Isso porque esses eram os ingredientes que eles tinham à mão para preparar o produto.”
Galarza também destaca o apelo histórico que o alimento carrega, ressaltando o fato de que a tradição de degustá-lo segue firme até os dias atuais. “Hoje, em todos os eventos, ou antigamente, quando aconteciam revoluções ou manifestações, há relatos da venda de empanadas fritas nas ruas, para que essas pessoas que participariam dos atos pudessem se alimentar. Atualmente, é muito comum fazer piqueniques e levar uma ou duas dúzias de empanadas. Lá na Argentina, elas são um pouco menores do que aqui no Brasil, e há esse costume de pedi-las por dúzias, diferentemente do que acontece por aqui, que as pessoas pedem por unidades.”
Mas será que vale a pena investir em um negócio todo voltado para o comércio desse verdadeiro símbolo argentino? Galarza dá a resposta. “Esse é um produto que vem ganhando muito espaço no Brasil. É uma alternativa à pizza, por exemplo. Isso porque sua massa é um pouco mais leve por não levar fermento. O fato de as empanadas terem um tamanho menor também possibilita a degustação de muitos sabores diferentes. Aqui no Brasil, tivemos que adaptar o produto e aumentar as opções de recheios, justamente para conseguir concorrer com a pizza. É um produto muito bem aceito pelos brasileiros, e as demandas têm crescido, assim como o número de marcas que oferecem o alimento aqui no País.”
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